Aline Balieiro, Rafael Ferreira e Pedro Ferreira -
Na Década de 60, Maria Bethânia após grande sucesso com o show “Opinião” ao lado de Zé Kéti e João do Vale, e de gravar o primeiro LP, a “Abelha-Rainha” lança um triplo só de voz e violão intitulado: Bethânia canta Noel.
Todas essas faixas estão reunidas nesta coletânea que traz ainda um registro ao vivo de seu primeiro sucesso, "Carcará", realizado em 66, e novos arranjos com orquestra das mesmas gravações do compacto de Noel, realizadas 25 anos depois pelo maestro José Briamonte.
Inúmeros artistas o louvam até hoje, Agenor de Oliveira, cantor e compositor carioca, reconhecido como um dos melhores intérpretes da obra de Noel Rosa, presta a merecida reverência ao mestre com a gravação do CD"Agenor de Oliveira canta Noel Rosa", lançado em 98 e indicado para o Prêmio Sharp de Música de 1999. Produção independente apresenta novas leituras de 13 das mais conhecidas composições de Noel.
Não são apenas celebridades que aclamam o mestre, cidades como a de Volta Redonda, em seu aniversário, no ano de 2007, fez uma linda festa e os músicos regionais fizeram um arranjo surpreendente com o repertório completo, dividido em quatro partes, “Volta Redonda Canta Noel Rosa - 70 Anos de Saudade” reservou espaço para clássicos do mestre, entre eles, “Com Que Roupa?”, “Palpite Infeliz”, “Pierrot Apaixonado” (em parceria com Heitor dos Prazeres) e “Amor de Parceria”.
Cria da Vila teve sua primeira gravação em 1929, quando o compositor estava com 19 anos. E a última, em 1937, quando tinha 26 anos de idade. Teve apenas sete anos para dizer o que pretendia e morreu numa idade em que a grande maioria dos compositores está iniciando a carreira - diz Môa.
O secretário lembra que são 70 anos de saudade: “O mais notável em Noel é que ele teve muito pouco tempo, no entanto, compôs músicas que impressionaram pela beleza e criaram uma nova linguagem para a música popular brasileira. Estaremos mostrando um pouco de sua obra através de 18 artistas de Volta Redonda, será uma oportunidade única para a população poder conhecer um pouco de sua obra”. Em 1929, escreveu as suas primeiras composições, a embolada “Minha Viola” e a toada “Festa no Céu”, gravada por ele no ano seguinte pela Parlophon. Ainda em 1930, pela Parlophon, gravou para o Carnaval o samba “Com Que Roupa?”, vendendo 15 mil cópias! Foi um ano pródigo em produções, com mais de 20 músicas compostas, entre as quais, “Cordiais Saudações”, “Agora” e “Quem Dá Mais?”.
Tinha no improviso seu ponto forte, fazia uma “sintonia” muito grande com a platéia que o aplaudia sempre que usava de rimas precisas para completar o que ele chamava afetivamente de samba.
Seu carisma transpassa a barreira carioca, em 2006 no Teatro da Caixa,Paraná, cantores locais lançaram um cd comemorativo, cantando a trajetória do poeta. Muitos artistas lançaram cds comemorativos com músicas do poeta, entre eles: Ivan Lins, Maria Rita, Nélson Gonçalves, Martinho e Mart’nália, Beth Carvalho entre outros.
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